Coluna Novale: O Varejo Digital Não Espera por Ninguém
Por Marcelo Kelbert Diretor da Widelab Digital Empresa residente noPor Marcelo Kelbert
Diretor da Widelab Digital
Empresa residente no Novale Hub
Estamos no meio de uma revolução sem retorno no varejo, impulsionada pela tecnologia e pela transformação drástica no comportamento dos consumidores. Hoje, empresas que não se adaptam não só correm o risco de ficar para trás — estão condenadas a desaparecer. O consumidor conectado não é uma tendência passageira, é um novo padrão que reinventou completamente a forma como marcas e pessoas interagem.
A inteligência artificial (IA) já não é mais uma inovação futurista; é a regra do jogo para as grandes marcas. Elas a usam para prever e compreender hábitos de compra, criando experiências hiper personalizadas. Isso significa que agora as marcas sabem o que você quer antes mesmo de você saber. Recomendações precisas, ofertas sob medida e interações fluídas em todos os canais são a nova realidade. Pense em acessar um produto que você nem sabia que queria, mas que a IA identificou como perfeito para você, com base nas suas compras anteriores. Essa é a realidade atual do varejo.
Mas essa revolução vai além de simplesmente “estar online”. Mais de 60% das compras online no Brasil são feitas via celular. O mobile commerce não é um “diferencial”, é um requisito básico. Aplicativos bem projetados que notificam consumidores e otimizam o processo de compra são fundamentais para quem quer continuar relevante. Empresas como a Renner, que implementaram o checkout via celular, eliminando a necessidade de passar pelo caixa, estão colocando o cliente no centro de tudo — simplificando e removendo barreiras.
E o papel do vendedor? Esqueça o velho modelo de vendedor que só ‘fecha vendas’. O novo vendedor é um consultor, equipado com dados e insights, capaz de oferecer soluções personalizadas. Os melhores vendedores entendem as necessidades dos clientes e criam um ambiente colaborativo, que gera mais valor e não apenas mais uma venda.
Outro pilar fundamental é o omnichannel. Empresas que integram o físico e o digital, permitindo uma experiência fluida e coesa para o cliente, não só se destacam, como dominam o mercado. As lojas físicas estão se tornando hubs para compras online, com estratégias como click and collect e entregas no mesmo dia, que não apenas aumentam a conveniência para o cliente, mas fortalecem a competitividade da empresa.
Olhando para mercados como o chinês, onde o e-commerce representa mais de 50% das vendas globais, vemos um avanço implacável. Lá, gigantes como Alibaba e JD.com estão à frente com inovações como livestreaming de compras e social commerce, redefinindo o engajamento e a conversão em tempo real. Essas não são apenas ideias, são exemplos práticos de como a criatividade pode diferenciar uma marca e mantê-la à frente.
No entanto, tudo isso depende de uma única coisa: fome por inovação. Como diz Mario Sergio Cortella, “Ou senta e chora, ou levanta e enfrenta”. O sucesso no varejo moderno exige coragem para agir, mesmo quando não há garantias, e humildade para aprender e se adaptar. A sorte é uma escolha, e a preparação é o único caminho. Hoje, mais do que nunca, preparar-se é uma questão de sobrevivência.
O varejo não é mais sobre vender produtos, é sobre oferecer experiências e criar conexões. As marcas que irão prosperar são aquelas que transformam tendências em ações, que proporcionam experiências que vão muito além de um simples produto. Estamos vivendo a era do consumidor conectado — e quem não acompanhar, será varrido para fora do mercado.
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